Jorror sangue: Processo contra Daniel Chapo "sem pernas para andar"
Venâncio Mondlane apresentou ao Ministério Público uma queixa-c.r.!.m.£ contra o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, por instigação à violência. Poderá o processo avançar? Jurista acha que "não tem pernas para andar".
No dia 24 de fevereiro, o chefe de Estado moçambicano disse que vai combater as manifestações pós-eleitorais e assegurar a independência e soberania do país. "Tal como estamos a combater o terrorismo e há jovens que estão a derramar sangue para a integridade territorial de Moçambique, para a soberania de Moçambique, para manter a nossa independência, aqui em Cabo Delgado, mesmo se for para jorrar sangue para defender essa pátria contra as manifestações, vamos jorrar sangue", afirmou Chapo.
Há hipóteses de avançar a queixa-crime submetida pelo ex-candidato presidencial? Foi o que a DW perguntou ao jurista moçambicano Ivan Maússe. "A [Procuradoria-Geral da República] (PGR) é o órgão competente” para a apresentação deste tipo de queixa", afirma. No entanto, Maússe alerta que, dado o peso que Venâncio Mondlane tem na opinião pública, a PGR deve gerir os processos-crime contra si de "forma responsável".