Daniel Chapo pode acabar com a repressão dos protestos"
Amnistia Internacional teme o regresso à repressão em larga escala dos protestos e da dissidência que se seguiu às eleições gerais do ano passado. Defensores dos direitos humanos pedem investigação e responsabilização.
Para a Amnistia Internacional, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, deve defender os apelos a uma responsabilização de todos os atores envolvidos nos atos que violam os Direitos HumanosFoto: Nádia Issufo/DW
A Amnistia Internacional quer investigações urgentes aos tiroteios registados nas últimas semanas contra apoiantes da oposição em Moçambique. O apelo é lançado pela diretora regional adjunta da organização, Khanyo Farise, para quem "estes incidentes fazem temer um regresso à repressão dos protestos em larga escala da dissidência que se seguiu às eleições do ano passado".
Tais incidentes, acrescentou Khanyo Farise, "refletem a impunidade que existe atualmente em Moçambique". A diretora regional adjunta afirmou que "as autoridades moçambicanas devem abrir urgentemente investigações sobre todos os relatos de violações dos direitos humanos cometidos desde as eleições, incluindo os assassinatos de mais de 300 pessoas