Chivukuvuku questiona se Angola deve seguir Mondlane

                             

Chivukuvuku questiona se Angola deve seguir Mondlane

"Se me dissessem que derrubaram a FRELIMO, diríamos: sim, fizeram uma revolução", afirma Chivukuvuku, contestando Mondlane como modelo para Angola. A oposição deve seguir esse caminho?

Chivukuvuku rejeita comparação entre Mondlane e a oposição angolana em 2027Foto: Amilton Neves/Marco Longari/AFP



Em Angola, o político moçambicano Venâncio Mondlane continua a ser apontado, em alguns setores da sociedade, como uma referência revolucionária que deve ser seguida pelos partidos da oposição em 2027, caso as eleições não decorram de forma livre e transparente.


No entanto, nem todos veem o caso moçambicano como um exemplo a seguir. Abel Chivukuvuku, líder do PRAJA - SERVIR ANGOLA, considera que o que aconteceu em Moçambique está longe de poder ser classificado como uma revolução.

Para Abel Chivukuvuku, o que ocorreu em Moçambique após as eleições presidenciais e legislativas de 9 de outubro não pode ser caracterizado como uma revolução, pois não atingiu o seu objetivo principal: a queda do regime político.

"Se me dissessem que os moçambicanos saíram às ruas, lutaram, lutaram e derrubaram a FRELIMO, diríamos: sim, fizeram uma revolução", afirmou Chivukuvuku.

O político criticou a decisão de Mondlane de exigir nas ruas a verdade eleitoral, o que resultou na morte de muitos cidadãos.

"Morreram mais de mil pessoas, e a FRELIMO continua no poder. Valeu a pena a vida das pessoas que morreram? É preciso ter sempre o sentido da vida. Eu não posso mandar o filho do outro morrer. Entretanto, na altura, o nosso irmão Venâncio nem estava em Moçambique."



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