
Um estudo recente revelou que apenas 33% da população adulta em Moçambique possui uma conta bancária, evidenciando desafios significativos no acesso aos serviços financeiros no país.
Especialistas apontam que a informalidade da economia, a baixa literacia financeira e a falta de infraestruturas bancárias em zonas rurais são alguns dos principais fatores que dificultam a inclusão financeira da população.
Apesar dos avanços tecnológicos e da expansão dos serviços de banca móvel, que permitem transações financeiras via telemóvel sem necessidade de uma conta bancária tradicional, o uso desses serviços ainda não é suficiente para garantir a inclusão plena da população no sistema financeiro formal.
O Governo moçambicano e instituições financeiras têm apostado em políticas de incentivo à bancarização, como a digitalização de pagamentos e a criação de contas simplificadas, que exigem menos burocracia. No entanto, analistas afirmam que é necessário um esforço maior para educar a população sobre os benefícios de ter uma conta bancária e melhorar a acessibilidade dos serviços financeiros em áreas remotas.
A inclusão financeira é considerada um fator essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico e reduzir a pobreza no país. O desafio agora é transformar os 66% da população adulta não bancarizada em usuários ativos do sistema financeiro, promovendo maior segurança e oportunidades para o crescimento econômico do país.
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