África registou quase 78.000 casos de Mpox e 1.321 mortes desde 2024


O continente africano registou quase 78.000 casos de Mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) e 1.321 mortes desde o início de 2024, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estes números refletem a gravidade do surto em várias regiões africanas, que continuam a enfrentar dificuldades para conter a propagação do vírus.  

A doença, causada pelo vírus Mpox, tem se concentrado sobretudo em países da África Ocidental e Central, onde a transmissão comunitária é mais intensa. A OMS alertou para o impacto significativo nas comunidades mais vulneráveis, onde o acesso a cuidados de saúde e vacinas é limitado.  

Especialistas apontam que o aumento de casos está associado a fatores como o desmatamento, a interação próxima entre humanos e animais selvagens e as lacunas nos sistemas de saúde pública. "O Mpox tem sido um desafio histórico em várias regiões de África, mas a magnitude atual do surto é sem precedentes", afirmou Matshidiso Moeti, diretora da OMS para África.  

A resposta ao surto tem sido dificultada pela falta de vacinas suficientes e pela demora na sua distribuição. Apesar dos esforços internacionais para fornecer doses aos países afetados, a maioria das vacinas disponíveis está concentrada em nações mais ricas. A OMS tem apelado à solidariedade global para garantir uma distribuição equitativa.  

As autoridades de saúde africanas também enfrentam o desafio de combater o estigma associado à doença, que tem levado muitos pacientes a evitar procurar tratamento. Campanhas de sensibilização estão em curso para educar as comunidades sobre os sintomas do Mpox e a importância do diagnóstico precoce.  

Entretanto, cientistas estão a intensificar a investigação sobre o vírus, com o objetivo de desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento. A OMS tem destacado a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica e a capacidade laboratorial nos países afetados para conter o surto.  

Apesar das dificuldades, organizações internacionais e locais continuam a trabalhar em conjunto para controlar a propagação do Mpox em África. A OMS reiterou que o combate ao surto depende de uma ação coordenada e de um compromisso global para apoiar os países mais afetados.

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