A Renamo voltou a ser pressionada por antigos combatentes que exigem o cumprimento de promessas de reintegração social e benefícios, mas a resposta do partido foi evasiva: garantiu que o assunto será tratado **"nos fóruns próprios"**, sem prazos ou detalhes. A declaração, feita por um alto dirigente durante um comício em Nampula, reacendeu críticas sobre a lentidão no processo de paz, já que muitos ex-guerrilheiros continuam sem apoio económico, anos após a desmobilização.
Analistas políticos interpretam o posicionamento como uma **estratégia para ganhar tempo**, evitando confrontos diretos enquanto o partido negocia com o governo sobre o Acordo de Paz. Enquanto isso, grupos de ex-combatentes ameaçam **retomar protestos** caso não haja avanços concretos, aumentando a tensão em províncias onde a insatisfação pode se transformar em instabilidade. A questão permanece como um desafio não resolvido na consolidação da paz em Moçambique.
Fonte
rfi.fr