Um relatório recente da organização Nova Democracia revela que o branqueamento de capitais está a aprofundar as desigualdades sociais e económicas em Moçambique, desviando recursos que deveriam ser investidos em serviços públicos essenciais. O estudo destaca como esquemas de corrupção, tráfico de influências e evasão fiscal perpetuam a concentração de riqueza nas mãos de uma elite, enquanto milhões continuam sem acesso a educação, saúde e infraestruturas básicas. Casos como os "empréstimos ocultos" e os megaprojetos de extração de recursos sem transparência são apontados como exemplos de como o crime económico mina o desenvolvimento nacional.
Segundo a Nova Democracia, a falta de mecanismos eficazes de fiscalização e a impunidade permitem que redes criminosas operem com facilidade, muitas vezes em conluio com figuras políticas e empresariais. A organização exige **reformas urgentes no sistema judicial e financeiro**, incluindo maior transparência nas transações comerciais e cooperação internacional para rastrear fluxos ilícitos. Enquanto isso, a população mais pobre paga o preço, ficando cada vez mais distante dos benefícios do crescimento económico que, no papel, Moçambique deveria estar a experimentar.
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