Agradecimento de Zelensky aos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio militar e financeiro que Washington tem concedido a Kiev desde o início da invasão russa, em 2022. No entanto, um levantamento aponta que Zelensky já agradeceu publicamente aos EUA pelo menos 33 vezes nos últimos dois anos.
A declaração de Trump foi feita durante um comício, no qual sugeriu que a Ucrânia não valorizava devidamente a ajuda recebida. “Ele [Zelensky] não foi nada grato”, afirmou o republicano, que busca retornar à Casa Branca nas eleições presidenciais de novembro. Para mais informações sobre a relação entre EUA e Ucrânia, veja este artigo da BBC.
Contudo, registros de discursos e comunicados oficiais mostram que Zelensky tem expressado repetidamente sua gratidão aos Estados Unidos, tanto ao governo do presidente Joe Biden quanto ao Congresso e ao povo americano. Em diversas ocasiões, o líder ucraniano enfatizou que sem o apoio ocidental, a resistência contra a invasão russa seria muito mais difícil.
Em dezembro de 2022, por exemplo, durante uma visita a Washington, Zelensky agradeceu pessoalmente a Biden e aos congressistas pela assistência militar, chamando-a de “vital para a sobrevivência da Ucrânia”. Além disso, após cada novo pacote de ajuda aprovado pelo governo americano, o presidente ucraniano tem feito declarações públicas reconhecendo o apoio.
A fala de Trump ocorre em um momento crítico para a Ucrânia, que enfrenta dificuldades no campo de batalha e incertezas sobre a continuidade da assistência militar americana. O Congresso dos EUA tem debatido novos pacotes de ajuda, mas enfrenta resistência de parte dos republicanos, incluindo aliados de Trump, que questionam o nível de envolvimento dos Estados Unidos no conflito. Para uma análise detalhada, confira este artigo da Reuters.
Caso seja eleito novamente, Trump já indicou que pretende rever a política de apoio à Ucrânia, o que poderia impactar significativamente a guerra e o equilíbrio de forças no Leste Europeu. Para saber mais sobre a política externa dos EUA, visite Foreign Affairs.
Fonte: observador.pt