População Moçambicana Sobrevive com Farelo e Frutos Silvestres Diante da Fome
A grave crise alimentar em Moçambique tem levado muitas famílias a recorrerem ao farelo e a frutos silvestres como alternativa para sobreviver. A escassez de alimentos, agravada por fatores como a seca, inundações e instabilidade econômica, afeta milhares de pessoas, sobretudo em zonas rurais. Com a falta de produtos básicos como milho e arroz, comunidades inteiras têm se alimentado de farelo, subproduto da moagem de cereais, e de frutos encontrados na vegetação nativa.
Moradores de regiões mais afetadas relatam dificuldades extremas para garantir uma refeição diária. Em algumas províncias, mães percorrem longas distâncias em busca de raízes e frutos silvestres, muitas vezes insuficientes para alimentar suas famílias. A desnutrição infantil tem aumentado, e organizações humanitárias alertam para o risco de agravamento da situação caso não sejam adotadas medidas urgentes. O Programa Mundial de Alimentos e outras entidades têm mobilizado esforços para prestar assistência, mas os recursos ainda são limitados.
O governo moçambicano reconhece a gravidade da crise e anunciou planos para reforçar a distribuição de ajuda humanitária e implementar programas de resiliência agrícola. No entanto, especialistas alertam que a solução exige investimentos a longo prazo, incluindo políticas para melhorar a produção de alimentos e garantir segurança alimentar sustentável. Enquanto isso, milhares de moçambicanos continuam lutando diariamente para encontrar algo para comer.