
O número de mortos em consequência do ciclone Jude, que atingiu Moçambique nos últimos dias, subiu para 14, segundo as autoridades locais. A tempestade, que trouxe fortes ventos e chuvas intensas, deixou um rastro de destruição em diversas províncias, afetando milhares de pessoas e agravando a situação humanitária no país.
De acordo com o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), além das vítimas fatais, dezenas de pessoas ficaram feridas, e muitas outras tiveram suas casas destruídas ou ficaram desalojadas. A infraestrutura também sofreu impactos significativos, com estradas bloqueadas, pontes danificadas e cortes no fornecimento de energia e água em várias regiões.
As equipes de resgate continuam mobilizadas para prestar assistência às comunidades mais afetadas, enquanto o governo e organizações humanitárias trabalham para fornecer abrigo, alimentos e suprimentos básicos às famílias desalojadas. No entanto, o acesso a algumas áreas permanece difícil devido às inundações e aos escombros deixados pela tempestade.
Moçambique tem sido frequentemente atingido por ciclones tropicais nos últimos anos, em grande parte devido à sua localização geográfica e aos efeitos das mudanças climáticas. Eventos como o ciclone Idai, em 2019, e o ciclone Freddy, em 2023, causaram grande devastação no país, evidenciando a necessidade de maior investimento em infraestrutura resiliente e sistemas de alerta precoce.
Diante da tragédia, o governo moçambicano faz um apelo à comunidade internacional para reforçar a ajuda humanitária e apoiar na reconstrução das áreas atingidas. Especialistas alertam que a temporada de ciclones ainda não terminou, e que novas tempestades podem ameaçar o país nos próximos meses, tornando essencial o fortalecimento das medidas de prevenção e resposta a desastres.
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