Cimeira em Londres: Paz na Ucrânia e Segurança Europeia
Numa cimeira realizada em Londres, líderes europeus discutiram estratégias para alcançar a paz na Ucrânia e reforçar a segurança do continente. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, descreveu o encontro como um "momento único" para a segurança europeia, enfatizando a importância de apoiar a Ucrânia no conflito em curso com a Rússia.
Uma das principais propostas apresentadas foi a de uma trégua de um mês que abrangeria os âmbitos aéreo, marítimo e as infraestruturas energéticas da Ucrânia. Esta iniciativa, liderada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e por Keir Starmer, visa criar condições para futuras negociações de paz e, eventualmente, o desdobramento de tropas estrangeiras para manter a estabilidade na região.
Paralelamente, os líderes europeus destacaram a necessidade urgente de reforçar as capacidades de defesa da Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o executivo comunitário apresentará um plano de rearme na próxima reunião do Conselho Europeu, agendada para 6 de março.
O presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, expressou satisfação com o nível de apoio europeu, afirmando que este atingiu um patamar que não se via "há muito tempo". Zelenski enfatizou a importância de uma colaboração estreita com os parceiros europeus para estabelecer uma paz justa e duradoura, garantindo a segurança e a integridade territorial da Ucrânia.
A cimeira também abordou a necessidade de manter a ajuda militar à Ucrânia e de assegurar a participação de Kiev em qualquer negociação de paz futura. Os líderes comprometeram-se a pressionar economicamente a Rússia e a formar uma "coligação de dispostos" para defender a Ucrânia, destacando a importância de um forte apoio dos Estados Unidos para o sucesso destas iniciativas.
Enquanto alguns líderes, como Giorgia Meloni e Pedro Sánchez, mostraram reservas ou evitaram compromissos específicos, a cimeira representou um passo significativo na coordenação europeia para enfrentar os desafios colocados pela guerra na Ucrânia. O compromisso conjunto de trabalhar num plano de paz que inclua posteriormente os Estados Unidos reflete a determinação europeia em assumir um papel principal na busca por uma solução pacífica e sustentável para o conflito.