As sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos contra o México e o Canadá começam a gerar impactos negativos também na Europa. A decisão do governo Trump de aumentar tarifas sobre importações desses países afetou cadeias globais de produção, elevando custos e reduzindo a oferta de insumos para indústrias europeias. O setor automotivo e o de tecnologia estão entre os mais atingidos.
Empresas europeias que dependem de componentes fabricados no México e no Canadá enfrentam dificuldades com o aumento dos preços e atrasos na entrega. Montadoras alemãs e francesas, por exemplo, utilizam peças vindas da América do Norte para montagem de veículos na Europa. Com as novas tarifas, os custos subiram, afetando a competitividade e forçando ajustes em estratégias de produção.
Além da indústria, o agronegócio europeu também sente os efeitos das sanções. Produtos como grãos e carne processada, que têm parte de sua cadeia produtiva ligada ao México e ao Canadá, encareceram, pressionando o setor de alimentos no continente. Algumas empresas já buscam fornecedores alternativos, mas essa transição não acontece de forma imediata e pode levar a novos aumentos de preços para os consumidores.
O impacto econômico se reflete nos mercados financeiros, com investidores europeus preocupados com a instabilidade nas relações comerciais globais. Bolsas de valores em países como Alemanha, França e Reino Unido registraram quedas após o anúncio das sanções, indicando temores sobre uma desaceleração econômica que pode atingir diversos setores.
Diante desse cenário, líderes da União Europeia avaliam formas de minimizar os danos e até mesmo buscar acordos comerciais diretos com o México e o Canadá. A ideia é reduzir a dependência dos Estados Unidos e garantir o fluxo de bens essenciais para a indústria europeia. No entanto, qualquer movimento nesse sentido exigirá negociações complexas e tempo para adaptação, enquanto os efeitos das sanções já se fazem sentir no continente.