
O governo anunciou que a estratégia nacional para erradicar a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV) será ampliada para abranger a população migrante. A iniciativa pretende garantir que todas as pessoas, independentemente da sua origem, tenham acesso à vacinação e ao rastreio da doença, considerada uma das principais causas do câncer do colo do útero.
A decisão surge após estudos indicarem que migrantes, especialmente os recém-chegados, enfrentam dificuldades no acesso aos serviços de saúde preventivos. Com essa ampliação, o governo busca eliminar barreiras linguísticas e burocráticas, além de oferecer campanhas de conscientização direcionadas para diferentes comunidades.
A estratégia incluirá a disponibilização gratuita da vacina contra o HPV para todas as faixas etárias elegíveis, bem como a ampliação da oferta de exames de rastreio em unidades de saúde acessíveis a migrantes. Equipes especializadas também serão treinadas para atender essa população de maneira culturalmente sensível, incentivando a adesão às medidas preventivas.
Autoridades de saúde destacam que a erradicação do HPV é uma meta ambiciosa, mas alcançável com esforços coordenados e inclusivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que ao menos 90% das meninas sejam vacinadas até os 15 anos e que 70% das mulheres realizem exames regulares para detectar precocemente lesões precursoras do câncer.
Especialistas elogiaram a medida, enfatizando que a inclusão dos migrantes é essencial para o sucesso da erradicação da doença. Além da proteção individual, a vacinação em larga escala contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a circulação do vírus e prevenindo novos casos em toda a população.