Bruxelas, 21 de janeiro de 2025 – A Comissão Europeia emitiu um apelo aos Estados-membros da União Europeia para que reavaliem suas estratégias de investimento em tecnologia, priorizando a segurança económica. Esta medida surge em resposta a um aumento nas tensões globais e à crescente vulnerabilidade das cadeias de suprimentos.
O documento apresentado pela Comissão destaca a necessidade de um equilíbrio entre inovação tecnológica e proteção de ativos estratégicos. "Em tempos de incerteza, a segurança económica deve ser uma prioridade em nossos investimentos", afirmou o comissário de Mercado Interno, Thierry Breton. Ele enfatizou que a tecnologia deve ser utilizada para fortalecer a resiliência da economia europeia.
Os líderes europeus foram convocados a rever suas políticas de investimento, considerando não apenas os benefícios económicos, mas também os riscos associados a tecnologias sensíveis. A Comissão sugere a criação de um quadro regulatório que promova a transparência e a cooperação entre os Estados-membros. Essa abordagem visa minimizar as dependências externas e aumentar a autonomia tecnológica da Europa.
Além disso, a proposta inclui incentivos para investimentos em tecnologias emergentes que possam beneficiar a segurança e a soberania económica da região. As áreas prioritárias incluem cibersegurança, inteligência artificial e inovação em energia. A expectativa é que estas iniciativas ajudem a impulsionar a competitividade da União Europeia no cenário global.
O apelo de Bruxelas coincide com um contexto internacional em que muitos países estão revisando suas estratégias de segurança económica. As tensões geopolíticas, especialmente em relação a potências como a China e os Estados Unidos, têm levado a uma reavaliação das alianças comerciais e das parcerias tecnológicas. A Europa, assim, busca posicionar-se de forma mais estratégica neste novo cenário.
Os Estados-membros têm até o final do primeiro semestre de 2025 para apresentar suas revisões e estratégias de investimento. A Comissão planeja realizar uma série de workshops e reuniões para discutir as melhores práticas e facilitar a implementação das novas diretrizes. A colaboração entre os países será fundamental para o sucesso desta iniciativa.
Por fim, especialistas alertam que a transição para uma economia mais segura e resiliente exigirá não apenas investimentos financeiros, mas também uma mudança cultural nas abordagens à tecnologia. A combinação de segurança e inovação será essencial para que a Europa se torne um líder global em tecnologia, sem comprometer sua soberania económica.